Condiloma é um nome que não diz muito do próprio significado, mas quem procura informações sobre o assunto costuma ficar preocupado. A verdade é que, infelizmente, ainda existem muitos mitos sobre assuntos relacionados à intimidade e à sexualidade.
O melindre para tratar essas questões é prejudicial à população, pois a desinformação pode gerar automedicação, o que é extremamente perigoso. Por isso estamos aqui: para desmitificar o condiloma e contar o que você precisa saber sobre ele.
O que é condiloma? Quais são as causas?
Trata-se de uma lesão na pele, semelhante a uma verruga, que surge na região íntima de homens e mulheres, geralmente desenvolvido próximo ao ânus, no períneo, na vagina, no colo do útero, no pênis e na boca.
O condiloma é causado pelo vírus HPV, e se espalha rapidamente, gerando sintomas como coceira, irritação na pele e odor forte, podendo se transformar em câncer no ânus ou no colo do útero — os vírus possuem estrutura celular diferente, e estudos mostram que apenas um tipo se transforma em câncer.
Um alerta importante é que essa é uma doença contagiosa assim como a herpes, e pode ser transmitida por relações sexuais ou contato íntimo e diário, não sexual (morar junto com a pessoa contaminada).
Lembrando que o contato com o paciente portador do vírus pode ter ocorrido há anos, mas a verruga somente aparecer depois, especialmente em fases emocionalmente difíceis da vida, quando a imunidade cai e o vírus, que estava “dormente”, aparece.
Como é realizado o tratamento e quais as formas de prevenir o condiloma?
Antes de tudo, a causa precisa ser identificada corretamente pelo médico para que o tratamento seja efetivo. Normalmente são utilizadas pomadas com substâncias químicas específicas ou medicamentos como antibióticos.
Outra possibilidade necessária é a cauterização (queimar) as verrugas com substâncias químicas ou mesmo a retirada dessas por cirurgia sob anestesia e controle rigoroso — uma vez por mês, ao longo de 6 meses até o desaparecimento total da verrugas.
A vacinação é o meio de prevenção mais poderoso. Atualmente, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para meninos de 11 a 14 anos, pois antes eram vacinadas apenas as meninas de 9 a 14 anos (o que já proporcionou queda dos casos na capital mineira).
Dicas da Dra Hilma
O condiloma, há alguns uns anos, era tido como doença sexualmente transmissível de pessoas levianas, que se relacionavam sem a proteção necessária. Hoje sabemos que 80% das relações heterossexuais ou homossexuais têm a presença do vírus. Mas é imprescindível, em todos os casos, usar sempre camisinha e realizar consultas periódicas ao médico.
Uma curiosidade que poucos sabem: algumas pessoas, mesmo tendo contato com o vírus, não desenvolvem a doença, e ela fica adormecida, podendo ou não um dia aparecer. Saiba que ainda existem indefinições sobre o HPV, por exemplo: não é possível saber quem contraiu de quem e nem quando contraiu.
Alguns casais passam por problemas no relacionamento porque um dos dois apresenta a doença e o outro não, mas isso é extremamente possível, como vimos. Portanto, nesses casos, concentre-se no tratamento e não procure por possíveis “culpados” pela transmissão (mas nunca se esqueça de manter relações íntimas com camisinha).
Os estudos sobre HPV seguem para esclarecer o que ainda não pode ser explicado.
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