Muito se fala sobre a maior incidência do câncer de intestino em pacientes que têm predisposição genética, ou seja, casos na família. Este fator infelizmente é uma verdade.
Por isso, pessoas com parentes de primeiro grau que já foram diagnosticados com câncer de intestino devem iniciar os exames preventivos 10 anos antes da idade que parente tinha quando apresentou a doença. Para o outro perfil da população, a indicação é que a realização de exames preventivos com o médico coloproctologista seja feita a partir de 45 anos, mesmo que não apresente nenhum sintoma.
Como já falamos em outro artigo que você pode ler clicando aqui, o câncer de intestino começa de um pólipo, uma verruga na parede do intestino que cresce aos poucos – cerca de 5 a 10 anos, sendo que cerca de 60% podem se transformar em câncer. O pólipo cresce lentamente e não apresenta nenhum sintoma durante este período, por isso é tão importante que o monitoramento seja feito como rotina e quanto mais cedo estes pólipos forem retirados, menores são as chances de evoluírem para a doença.
Além do fator genético, doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como outras doenças hereditárias intestinais e pacientes com este histórico também devem ter acompanhamento individualizado e mais cedo.
Dica da Dra Hilma
Mesmo que o fator genético aumente a chance de um paciente ter câncer de intestino, isso não quer dizer que a doença seja inevitável, muito pelo contrário. Quanto mais cedo e rotineira for o acompanhamento preventivo na área de coloproctologia, maiores são as chances do não aparecimento da doença.
Para desmistificar o assunto e aumentar a visibilidade pela importância da prevenção, há quase 20 anos, criamos uma campanha do #SetembroVerde no Hospital Madre Teresa (Belo Horizonte – MG), onde atuo como coordenadora do setor de coloproctologia. Durante este mês, fazemos atendimentos em grande escala e exames de prevenção. Na minha última live, contei um pouco sobre esta campanha, além de falar sobre a doença, e as principais dúvidas e casos clínicos que convivo em meu consultório há tantos anos. Você pode assistir na íntegra abaixo.