Incontinência fecal é mais um assunto delicado no consultório médico.
Vejo que as pessoas se sentem inibidas em dizer que estão incontinentes.
Assim, se ao fazer o exame local observo que há flacidez, pergunto discretamente se sentem algum problema. Alguns assumem a dificuldade, outros negam.
Aliás, a vergonha faz com que deixem de socializar, sair de casa, namorar, viajar. Tudo pelo medo de evacuar ou eliminar gases involuntariamente.
Definitivamente, a incontinência fecal é um distúrbio que afeta a qualidade de vida.
Causa
Em resumo, é um problema anorretal no qual a pessoa perde fezes e gases involuntariamente.
A causa é a flacidez dos músculos do reto e do esfíncter do ânus.
A incontinência pode ser congênita ou adquirida.
Congênita: quando a criança já nasce com algum problema, como a má formação da região.
Adquirida: resulta de doenças no ânus; traumas por acidentes; cirurgias; câncer e outras doenças do ânus; parto normal difícil e traumático; doenças como Parkinson e Alzheimer; medicamentos psiquiátricos; prática de sexo anal frequente; traumatismos da coluna.
No entanto, a causa principal é a velhice, pois a musculatura do períneo tende a ficar mais flácida.
É mais comum em mulheres
A princípio, a incontinência é mais frequente no sexo feminino.
Isso se deve principalmente ao trabalho de parto que corta os músculos do períneo para a passagem do neném.
Porém, acima dos 70 anos, a incidência é igual em ambos os sexos.
Diagnóstico
No exame coloproctológico, feito em consultório, é possível avaliar a capacidade de contração dos esfíncteres.
Há também a eletromiometria, método para medir a pressão do ânus.
Outros exames podem ser solicitados para avaliação mais detalhada.
Cabe ao médico coloproctologista avaliar o melhor tratamento. O especialista deve conversar, ouvir o paciente e, depois, examinar a região com cuidado.
Assim, é possível saber o grau da incontinência, a possível causa e como será tratada.
Dicas da Dra. Hilma
Afinal, a incontinência fecal tem cura?
Bem, existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida
Dependendo da gravidade e da idade do paciente e do que causou.
A recuperação inclui mudança de dieta e da rotina, com exercícios, caminhada, ioga, pilates, etc…
A atividade física é essencial, mas, é preciso manter o foco. O que nem sempre é fácil.
Enfim, não fique com vergonha de procurar ajuda.
Se tiver sintomas existem clínicas de fisioterapia especializadas neste tipo de tratamento e o resultado é positivo.
Pode ser que para muitos não resolva 100%, mas dá conforto e favorece a vida social de boa qualidade.
E se precisar, conte com o agendamento e atendimento on-line do hemorroidurgente.net
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