As alterações psiquiátricas afetam todo o organismo do indivíduo. Consequentemente, influenciam diretamente no funcionamento intestinal. No caso da depressão, não é diferente. O intestino pode ficar seriamente prejudicado.
A pessoa que se encontra em estado depressivo, muda por completo sua rotina, a começar pela alimentação. A dieta passa a ser mais pobre em nutrientes e mais rica em açúcar
Some a isso tudo os hábitos nada saudáveis que passam a fazer parte da rotina do deprimido. A falta de movimentação, o sedentarismo. É como se a pessoa se desligasse do próprio corpo. E, como eu já disse, o intestino precisa de movimento para se manter saudável.
Doenças de origem emocional
Além da depressão, outros estados emocionais como ansiedade e estresse podem afetar o organismo. A colite nervosa e o intestino preso são os problemas mais comuns.
A colite nervosa pode alterar o intestino de duas maneiras, causando constipação, quando o intestino funciona pouco, ou diarreia.
No caso da diarreia, o estresse nervoso e a ansiedade causam a descarga de uma substância chamada adrenalina no sangue. Essa substância provoca uma série de alterações no organismo como o aumento do movimento do intestino, taquicardia, sudorese, falta de ar e perda do sono.
Nas colites que soltam o intestino, as fezes ficam moles e ácidas. A pessoa evacua várias vezes ao dia e tem urgência pra evacuar, sente cólica e pode até ter irritação na região anal.
Outras pessoas tendem a prender o intestino, quando ficam ansiosas. É a chamada prisão de ventre. A barriga fica cheia de gases, inchada e barulhenta, a evacuação é pouca e não elimina as fezes por completo.
As fezes são duras, exigem muito esforço pra serem eliminadas e acabam forçando o ânus. Consequentemente, surgem hemorroidas e feridas muito dolorosas, conhecidas como fissuras.
Conheça mais sobre o assunto lendo meu artigo Colite nervosa: sintomas e tratamento
Medicamentos psiquiátricos
Determinados remédios voltados para saúde mental podem interferir no intestino, diminuindo seu movimento e dificultando a evacuação normal.
O paciente que faz acompanhamento psiquiátrico deve ficar atento e comunicar ao médico as alterações. Em muitos casos, é possível resolver ajudando o funcionamento do intestino com dieta rica em fibra, bastante líquido, praticando exercícios e caminhada.
Dicas da Dra. Hilma
O intestino é chamado de segundo cérebro porque é extremamente suscetível às alterações de humor e emoções.
Algumas pessoas são emocionalmente mais sensíveis e desencadeiam doenças psicossomáticas que alteram o movimento do intestino.
Para piorar, não são poucas as situações no mundo atual que podem afetar negativamente nosso estado emocional.
Ainda estamos saindo de uma pandemia. Além das vidas humanas perdidas, a economia também foi afetada e os “nervos estão a flor da pele.
Contamos os dias para este pesadelo passar. Esperamos pelo fim da doença, pela vacina e para voltar a rotina normal
Como é difícil manter o equilíbrio físico e mental nestes tempos, mas vamos em frente!
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